terça-feira, 31 de março de 2009

Silvio Santos Quer Comprar
Ponto Frio Para Expandir Baú

O Grupo Silvio Santos informou nesta terça-feira o interesse em comprar a rede de lojas Ponto Frio, que já anunciou buscar um comprador. Em nota, o Grupo Silvio Santos afirmou que o negócio, caso se concretize, "antecipa o projeto de transformar o Baú Crediário em uma das maiores redes do país".
"Depois de tomar conhecimento da possível venda do Ponto Frio, o Grupo Silvio Santos se posiciona como um dos interessados na compra da rede, atualmente a segunda maior varejista de móveis e eletrodomésticos, com 445 lojas espalhadas pelo país", informou o comunicado.
Lily Safra, viúva do bilionário banqueiro Edmond Safra e acionista majoritária da rede, já tentou negociar as lojas há cerca de dois anos. A iniciativa foi retomada, agora, diante das dificuldades de sucessão do negócio.

Segundo o presidente do Grupo Silvio Santos, Luiz Sebastião Sandoval, a possível compra da Ponto Frio "é um passo importante e vem em boa hora".

"Conseguiremos avançar alguns anos o nosso planejamento. Anteciparíamos em muito o nosso projeto de cinco anos", avaliou Sandoval.
O plano de expansão, segundo o executivo, contempla a recente inauguração de pontos de venda em Poços de Caldas, Taubaté e novas inaugurações no interior, litoral e grande São Paulo. O Baú Crediário é a mais nova empresa do Grupo Sílvio Santos, há 50 anos no mercado.

"A rede é enxuta, leve e rápida na tomada de decisões, o que garante o sucesso de sua expansão. Tem força para encarar o mercado graças à vasta gama de produtos, como eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, telefonia e decoração, crediário facilitado e atendimento personalizado", informou o grupo do empresário Sílvio Santos, dono SBT.
TAM Anuncia Prejuízo de R$ 1,3 bilhão em 2008

Perdas causadas pela desvalorização do real e a demanda em retração no fim do ano passado afetaram os resultados da TAM em 2008. Nesta segunda-feira (30/03) à noite, a companhia aérea divulgou que registrou prejuízo líquido da ordem de R$ 1,3 bilhão, valor semelhante ao apurado pela sua principal rival no mercado brasileiro, a Gol.

Os últimos três meses do ano passado, com custos em alta e sob o impacto da crise financeira mundial, puxaram os resultados da TAM para baixo. Apenas no período de outubro a dezembro de 2008, a TAM teve prejuízo de R$ 1,123 bilhão. Em igual período de 2007, a empresa havia registrado lucro de R$ 118,5 milhões.

Em comunicado distribuído ao mercado, a TAM atribuiu esse desempenho principalmente em razão de "perdas com operação de hedge de combustível e da depreciação do real" ante o dólar. O querosene de aviação representa praticamente um terços dos custos das companhias aéreas.

Mercado em Descompasso

O relatório da TAM destaca descompasso entre a evolução da demanda, que cresceu apenas 0,3% no quarto trimestre do ano passado em relação a igual período de 2007, e a da oferta, que aumentou 10,2%. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves ficou em 63,7%. Nos últimos três meses do ano anterior, haviam sido 70,4%.

O mercado internacional, ainda segundo o comunicado da TAM, apresentou crescimento na demanda de 0,9% e de 4,5% na oferta das companhias aéreas brasileiras. Com isso, a taxa de ocupação baixou de 70,9% para 68,5%, quando se comparam os números dos últimos trimestres de 2007 e 2008, respectivamente.

Para 2009, a TAM prevê que o ritmo de crescimento do mercado vá diminuir. Em vez da faixa de 5% a 9%, a demanda deve se acomodar na faixa de 1% a 5%.
CIÊNCIA
Planta Transgênica Gera Substância Anti-HIV
Plantas transgênicas são capazes de produzir em larga escala uma substância que poderá ser usada como princípio de um gel microbicida anti-HIV. O produto serviria como método feminino de prevenção contra Aids.

O estudo publicado hoje na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) utilizou 9.300 pés de tabaco selvagem (Nicotiana benthamiana) para produzir 60 gramas da proteína griffithsina (GRFT).


Em 2005, pesquisadores isolaram a substância e comprovaram que ela se liga à cápsula do HIV, impedindo que o vírus infecte as células imunológicas do hospedeiro. A proteína foi descoberta em algas vermelhas do gênero Griffithsia.


Para produzi-la em laboratório, os cientistas modificaram geneticamente a bactéria Escherichia coli, transformando-a em uma pequena fábrica do microbicida. Em pouco tempo, perceberam que o método era caro e pouco eficiente. Seria inviável usar a técnica em uma linha de produção do gel.


Na pesquisa publicada hoje na PNAS, as bactérias foram substituídas por plantas. Cientistas americanos inseriram o gene que produz a GRFT no vírus do mosaico do fumo. Depois, inocularam o micro-organismo nos vegetais.


Infectados, começaram a produzir a substância em grande quantidade, viabilizando a produção industrial do biofármaco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.