quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Impressões

O 'TEMPO' DO HUMOR
Grandes navegantes, fiquei um tempo afastado, mas como todo blogueiro temos nossos momentos de desanimo e de engajamento. A moleza acabou! Depois de visitar dois blogs resolvi reativar esse pequeno espaço dentro deste grande universo virtual. Minha primeira parada dentro da blogosfera ocorreu no fim de semana no blog: http://cadernoensaios.wordpress.com/, de um grande amigo e eterno professor Theotônio de Paiva. O cara é um mestre das palavras, digo um DOUTOR. O outro motivo, não menos importante, veio de dentro da redação de O Fluminense, minha amiga, do Segundo Caderno, Flávia Custódio que é dona de um lindo e interessante blog: http://flaviacustodio.wordpress.com/, foi o estopim do meu retorno.
Bom como já contei minha triste história vamos ao que interessa. A partir de agora além das crônicas, comentários políticos e notas culturais. Quero usar este espaço para dar minhas impressões sobre peças teatrais, filmes e é claro gastronomia. Aceito criticas e muitos elogios.
Para começar quero falar sobre a peça Enfim,nós, de autoria de Bruno Mazzeo e Cláudio Torres Gonzaga, atualmente estrelada por Marcius Melhem e Fabíula Nascimento. O espetáculo que estava em curta temporada, no Centro Cultural AMF Unimed, em Icaraí - Niterói, conta a história do casal Zeca e Fernanda, que planejam comemorar o primeiro dia dos namorados desde que passaram a dividir o mesmo teto. Mas os dois acabam presos dentro do banheiro de casa. Enclausurados no cubículo e vendo os planos para a noite de comemorações voar pela janela, o casal acaba revelando seus segredos, cobranças, manias e mágoas.
Assisti no último fim de semana Enfim, nós com alguns amigos. Minhas impressões sobre a peça são semelhantes as deles. O espetáculo tem um texto simples, interessante e possui um cenário inusitado, que já impulsiona os atores para o tom do humor. Com esses elementos a história tinha tudo para ser muito boa.
Não usei o tempo errado, a peça realmente tinha uma boa bossa, mas não encantou. Entrevistando alguns diretores e atores de teatro, muitos deles me alertam para um elemento essencial para o humor o “Time” certo. E foi justamente isso que me pareceu faltar. Ri algumas vezes, entretanto eu tinha pressa para o fim do espetáculo. Os atores não tinham um entrosamento legal e as falas e ações dos personagens pareciam previsíveis.
Sai realmente chateado do teatro, pois senti que dois ótimos atores não conseguiram encaixar seus textos. Pois na minha opinião o humor também precisa de emoção e tudo que vi foi um ensaio inicial e com o conteúdo pouco explorado. Espero que eles consigam se acertar. O humor além dos risos, deve levar a reflexão...