quinta-feira, 19 de março de 2009

Congresso

Senado exonera 50 diretores, recolhe carros
oficiais e estuda redução de terceirizados
Em meio à onda de denúncias que arranhou a imagem do Senado nas últimas semanas, o primeiro-secretário da instituição, Heráclito Fortes (DEM-PI), determinou nesta quinta-feira a exoneração imediata de 50 dos 181 diretores que integram o comando da Casa Legislativa. A medida foi tomada um dia depois do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciar o corte de metade dos diretores da Casa.
No ato assinado por Heráclito, o senador pede que o diretor-geral da instituição, Alexandre Gazineo, adote as "providências necessárias" para a imediata exoneração de ocupantes de 50 cargos de direção ou função equivalente.
"Estamos procurando desde o primeiro momento tomar medidas para que os ajustes sejam feitos, inclusive tendo em vista a crise econômica que o país passa e o Senado tem por obrigação, numa hora como essa, dar o exemplo. Evidentemente que a sucessão de fatos, o interesse da opinião pública através da imprensa em querer resultados dos fatos ocorridos, tem nos tirado do foco dos nossos objetivos", afirmou.
No ato, que entra em vigor amanhã, Heráclito também determina que o diretor-geral recolha os carros oficiais utilizados pelos diretores da Casa --com exceção da diretoria-geral e da Secretaria Geral da Mesa.
O texto também pede que Gazineo apresente um plano de redução adicional de cargos de direção no Senado. Heráclito determina, no ato, a redução de quadro de servidores terceirizados lotados na área de Comunicação Social --que reúne quase 20 diretores na Casa.
O democrata pede que o diretor determine a nomeação imediata dos candidatos aprovados em concurso realizado pela Casa para o setor. "Após a nomeação das áreas de comunicação social, o diretor-geral deverá adotar as providências necessárias para a nomeação dos aprovados em concurso público das demais áreas", diz o ato assinado por Heráclito.
fonte: Folha Online

De Olho na CRISE

Real e Santander aprovam plano de aposentadoria
incentivada para evitar demissões

Os funcionários do Santander e do Real aprovaram na noite desta quinta-feira a proposta de aposentadoria incentivada elaborada por banco, sindicato e associação dos funcionários. As instituições financeiras estão em processo de fusão desde o final de 2007.

A iniciativa prevê que empregados a dois anos da aposentadoria possam optar por licença-remunerada por 12 meses. Nesse período, os trabalhadores ficam em casa e recebem todos os benefícios, menos vale-transporte.

Outra medida aprovada foi o pagamento de bônus para que funcionários que já podem se aposentar e continuam na ativa e para os trabalhadores já aposentados que ainda trabalham no banco deixem a instituição.
Segundo Paulo Salvador, presidente da associação dos funcionários do grupo Santander Brasil, há cerca de 3.000 funcionários que já podem se aposentar ou estão próximos do prazo.

Na assembleia realizada hoje, os trabalhadores também aprovaram a possibilidade de realocar funcionários que atuam em departamentos internos para agências bancárias, onde, segundo a associação, está a maior parte das vagas abertas na instituição.

O objetivo das medidas é evitar demissões e absorver os empregados que seriam dispensados em razão da sobreposição de cargos gerada com a fusão.


fonte: Folha Online