domingo, 12 de setembro de 2010

Política

Zé e Sua Rede Furada

Seria até estranho se a Senhora das Mentiras não tentasse mais uma vez deflagrar, nesta altura do campeonato, digo corrida presidencial, uma nova, porém descabida bala de prata em direção a candidata do PT e do presidente Lula, Dilma Rousseff. A presidenciável lidera incontestavelmente todas as pesquisas de intenção de votos, chegando a casa dos 55%, em algumas delas.

Depois de tentarem criar um escândalo sobre a quebra do sigilo fiscal dos familiares do Zé Serra Serrador, que por sinal foi destruído na ultima sexta-feira, dia 10, pela revista Carta Capital. A reportagem mostrou com detalhes como a filhinha do Demo-Tucano junto com a amiguinha, filha do banqueiro Daniel Dantas, conseguiram quebrar o sigilo de mais de 60 MILHÕES de brasileiros, durante o governo FHC.

Neste sábado a Revista Veja resolveu atender mais uma vez as vontades do partido que a sustenta e levou as bancas uma reportagem mentirosa acusando a Ministra-Chefe da Casa Civil Erenice Guerra de participar de um esquema de propinas.

“Veja” afirma que o empresário Fábio Baracat, dono da empresa de transporte aéreo Via Net, participou de reuniões com a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, intermediadas pelo filho da ministra, Israel Guerra, dono da consultoria Capital. A finalidade, segundo a publicação, era fechar um contrato de prestação de serviços entre a empresa e os Correios.

Segundo a revista, na negociação, foi cobrada do empresário uma propina de 6% para o fechamento do contrato. De acordo com a publicação, seria destinada a saldar “compromissos políticos". Além da suposta propina, intitulada "taxa de sucesso", assessores da Casa Civil teriam exigido pagamentos mensais, diz o texto.

Nota à Imprensa – Casa Civil
Sobre a matéria caluniosa da revista VEJA, buscando atingir-me em minha honra, bem como envolver familiares meus, cumpre-me informar:

1) procurados pelo repórter autor das aleivosias, fornecemos – tanto eu quanto os meus familiares – as respostas cabíveis a cada uma de suas interrogações. De nada adiantou nosso procedimento transparente e ético, já que tais esclarecimentos foram, levianamente, desconhecidos;

2) sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar as medidas judiciais cabíveis para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista VEJA, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por DANOS MORAIS quanto para que me garanta o DIREITO DE RESPOSTA;

3) como servidora pública sinto-me na obrigação, desde já, de colocar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, bem como o de TODOS os integrantes de minha família, a disposição das autoridades competentes para eventuais apurações que julgarem necessárias para o esclarecimento dos fatos;

4) lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos.

Brasília, 11 de setembro de 2010.

Erenice Guerra

Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República
>> Verbo Meu
Fica clara a intenção da revista de querer provocar um burburinho negativo na campanha de Dilma. Acredito que no passado esse tipo de matéria poderia até provocar um grande escândalo, mas a Internet está ai gente! Estamos livres para pesquisar e ver que por traz das capas da Veja não há colírio que limpe a sua podridão.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cantor norte-americano Lionel Richie se apresenta no Brasil pela 1ª vez

Dono de uma carreira que já soma 42 anos e mais de 100 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o artista norte-americano vai embalar o público na HSBC Arena

Dono de uma carreira que já soma 42 anos e mais de 100 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o cantor norte-americano Lionel Richie, enfim, se apresenta no Brasil. A banda, formada por Ben Mauro (guitarra), Bennie Edwards (baixo), Chuckii Booker (teclados), André Delano (teclados e sax) e Oscar Seaton (bateria), vai embalar o público com hits como Truly, All Night Long, Hello, Endless Love e Easy. Os shows acontecem no dia 28 de agosto, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e no sábado, 29, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro. A produtora Four Music Live, especializada em shows internacionais, é a responsável pela turnê.

Com imensa habilidade para escrever músicas, Lionel Richie se transformou em um dos mais completos artistas das últimas décadas, destacando-se como compositor, produtor e cantor. Uma história de sucesso, que começou em 1968, quando cinco colegas de turma da Universidade Tuskegee, no Alabama, terra natal de Richie, o convidaram para integrar a banda que estavam formando, The Mystics. Mais tarde, a banda passou a se chamar The Commodores, com Richie assinando algumas das canções mais conhecidas do grupo – Still, Sail On, Easy e Three Times a Lady, vencedora do People’s Choice Award.

No início dos anos 80, quando a banda dominava ininterruptamente as paradas de sucesso, Richie começou a receber convites para produzir álbuns de outros artistas, entre eles, o do cantor country Kenny Rogers, a quem Richie retribuiu com a música Lady. A canção emplacou o ranking das mais tocadas durante seis semanas seguidas. Logo em seguida foi a vez dele receber um convite do diretor cinematográfico Franco Zeffirelli para compor a música-tema do filme Amor Sem Fim. Gravada em dueto com Diana Ross, Endless Love manteve-se no primeiro lugar das paradas de sucesso durante nove semanas, recebendo uma indicação ao Oscar, cinco indicações ao Grammy, um American Music Award e um People’s Choice Award, transformando-se no hit da gravadora Motown mais tocado de todos os tempos até aquela data.

Em 1982, o cantor estreou carreira solo com a música Truly, mais uma que emplacou semanas como número um nas rádios. Um ano depois, em movimento ascendente de sua trajetória, lançou o álbum Can’t Slow Down. Com 15 milhões de cópias comercializadas em todo o mundo, tornou-se o disco mais vendido da história da Motown. All Night Long, a primeira faixa do disco, ganhou uma versão-maratona, com 20 minutos, para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão em Los Angeles, em 1984. Com uma audiência estimada em 2 bilhões e 600 milhões de espectadores em todo o mundo, a canção entrou para o hall dos hits da década.

Em 1985, em parceria com Michael Jackson, Richie escreveu o tema mundial We Are The World. A gravação, que contou com a participação de 45 artistas, ganhou cinco Grammys e ajudou a arrecadar milhões de dólares para combater a fome na África. Em 1986, o cantor recebeu o Oscar de melhor canção pela música Say You, Say Me, composta para o filme O sol da meia-noite (White Nights), estrelado por Gregory Hines e Mikhail Baryshnikov.

Nessa mesma noite concorria com outro tema musical – Miss Celie’s Blues, da trilha sonora de A Cor Púrpura (The Color Purple), de Steven Spielberg.
Além desse prêmio, Richie acumula em sua carreira cinco Grammys, 18 American Music Awards, um Globo de Ouro e cinco People’s Choice Awards, além de ter seu nome assinado na famosa calçada da Fama em Los Angeles em 2003. Durante nove anos seguidos, de 1978 a 1986, nove composições do cantor ocuparam o topo das paradas, totalizando 34 semanas em primeiro lugar e superando artistas como Rolling Stones, Paul McCartney e Stevie Wonder.

Em janeiro deste ano, mantendo a mesma preocupação social de tempos passados, Lionel Richie uniu-se mais uma vez a Quincy Jones para regravar o hit We Are the World, dessa vez para arrecadar fundos para as vítimas do terremoto do Haiti. A gravação contou com as participações de Usher, Natalie Cole, Justin Bieber, Will I.Am., Jamie Fox, Wyclef Jean, Fergie, Jennifer Hudson, Lil Wayne, LL Cool J, Janet Jackson, Barbra Streisand, Miley Cyrus, Pink, Akon, Kanye West e, em uma edição muito bem feita, de Michael Jackson.

Fãs não perdem tempo

É através da internet que os fãs do cantor se comunicam, como é o caso do jornalista Paulo Silas, de 24 anos, que é representante do fã clube oficial de Richie, no Brasil. Para o fã Richie está ao lado de muitas estrelas negras de alto nível do Pop/Rock, como Michael Jackson e Tina Turner. “Tais artistas provaram que o talento fala muito mais alto que a cor da pele. Junte esse trio - Michael, Tina e Lionel - e você verá números altos em todas as listas: músicas tocadas em rádio, venda de discos, ingressos para shows. São décadas de carreira e sempre com público fiel”, defende Silas, que chegou a conversar com Chuckii Booker, diretor-musical de Lionel.

“Ele se interessou em saber quais eram as músicas mais famosas do cantor no Brasil. Foi difícil listar, mas agora tenho certeza que as melhores e mais famosas canções de Lionel Richie estarão no show”, orgulha-se o fã, que ajudou na escolha do repertório.

Outra que também é fã de “carteirinha” é a carioca Karla Rosalino, que há 30 anos espera pelo show do cantor no Brasil. “Acho que ele representa a sobrevivência do talento e da capacidade de um ídolo em se manter vivo com tantas novidades surgindo no meio musical. Um ícone com uma carreira limpa, bem sucedida e merecida. Ninguém faz sucesso por tanto tempo sem merecer”, defende Karla. Quando questionada sobre a expectativa para o show, Karla é direta.

“Mal posso esperar para vê-lo no palco. Ainda mais depois de algumas entrevistas que li a respeito, em que ele afirma que o show será longo e que terão que tirá-lo do palco. Muito gentil da parte dele. Vai ser inesquecível e imperdível”, vibrou a fã, que coleciona todas os CDs e DVDs do cantor.

Serviço: A HSBC Arena fica na Avenida Embaixador Abelardo Bueno 3.401, Barra da Tijuca. A abertura dos portões será às 18h30 e o show começa às 20h30. Os ingressos para cadeira nível 3 custam R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia); para cadeira premier, R$ 400 (inteira) e R$ 200 (meia); para cadeira nível 1, R$ 450 (inteira) e R$ 225 (meia); para mesas gold, R$ 650 (inteira) e R$ 325 (meia); para mesas platinum R$ 750 (inteira) e R$ 375 (meia) e camarote R$ 650 (inteira) e R$ 325 (meia). Informações: 4003-1212.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Impressões

O 'TEMPO' DO HUMOR
Grandes navegantes, fiquei um tempo afastado, mas como todo blogueiro temos nossos momentos de desanimo e de engajamento. A moleza acabou! Depois de visitar dois blogs resolvi reativar esse pequeno espaço dentro deste grande universo virtual. Minha primeira parada dentro da blogosfera ocorreu no fim de semana no blog: http://cadernoensaios.wordpress.com/, de um grande amigo e eterno professor Theotônio de Paiva. O cara é um mestre das palavras, digo um DOUTOR. O outro motivo, não menos importante, veio de dentro da redação de O Fluminense, minha amiga, do Segundo Caderno, Flávia Custódio que é dona de um lindo e interessante blog: http://flaviacustodio.wordpress.com/, foi o estopim do meu retorno.
Bom como já contei minha triste história vamos ao que interessa. A partir de agora além das crônicas, comentários políticos e notas culturais. Quero usar este espaço para dar minhas impressões sobre peças teatrais, filmes e é claro gastronomia. Aceito criticas e muitos elogios.
Para começar quero falar sobre a peça Enfim,nós, de autoria de Bruno Mazzeo e Cláudio Torres Gonzaga, atualmente estrelada por Marcius Melhem e Fabíula Nascimento. O espetáculo que estava em curta temporada, no Centro Cultural AMF Unimed, em Icaraí - Niterói, conta a história do casal Zeca e Fernanda, que planejam comemorar o primeiro dia dos namorados desde que passaram a dividir o mesmo teto. Mas os dois acabam presos dentro do banheiro de casa. Enclausurados no cubículo e vendo os planos para a noite de comemorações voar pela janela, o casal acaba revelando seus segredos, cobranças, manias e mágoas.
Assisti no último fim de semana Enfim, nós com alguns amigos. Minhas impressões sobre a peça são semelhantes as deles. O espetáculo tem um texto simples, interessante e possui um cenário inusitado, que já impulsiona os atores para o tom do humor. Com esses elementos a história tinha tudo para ser muito boa.
Não usei o tempo errado, a peça realmente tinha uma boa bossa, mas não encantou. Entrevistando alguns diretores e atores de teatro, muitos deles me alertam para um elemento essencial para o humor o “Time” certo. E foi justamente isso que me pareceu faltar. Ri algumas vezes, entretanto eu tinha pressa para o fim do espetáculo. Os atores não tinham um entrosamento legal e as falas e ações dos personagens pareciam previsíveis.
Sai realmente chateado do teatro, pois senti que dois ótimos atores não conseguiram encaixar seus textos. Pois na minha opinião o humor também precisa de emoção e tudo que vi foi um ensaio inicial e com o conteúdo pouco explorado. Espero que eles consigam se acertar. O humor além dos risos, deve levar a reflexão...

sábado, 14 de agosto de 2010

O cavalheiro do R’n’B

Astro pop Ne-Yo se apresenta neste sábado, em show no Riocentro que promete ferver

Ele é cantor, produtor musical e empresário. Dono de um talento incontestavél, principalmente para os fãs do pop, o fenômeno Ne-Yo faz seu début em palcos brasileiros. Os shows do artista norte-americano, considerado um dos mais completos de sua geração, desembarca hoje no Rio de Janeiro (Riocentro. A produtora Four Music Live, especializada em shows internacionais, é a responsável pela turnê.

Ne-Yo e sua banda apresentarão cerca de duas horas de hits como Closer, Miss Independent, Part Of The List e Mad. Sob forte influência de Michael Jackson, Ne-Yo construiu uma das mais rápidas e bem-sucedidas carreiras no mundo do entretenimento. Aos 30 anos, domina de um jeito bem peculiar o rhythm and blues e as paradas de sucesso mundo afora. Atualmente, duas músicas que têm participação de Ne-Yo estão entre as 10 mais executadas nas TVs e rádios do Brasil: Baby By Me, com 50 Cent, e Be On You, com o rapper Flo-Rida.

Seu single, Heroes, foi lançado com exclusividade na TV americana, no talk show de David Letterman, em parceria com a rede de lojas Macy´s, em uma ação que promoveu 50 mil downloads gratuitos do single em prol de uma campanha contra a violência. No final de abril, Ne-Yo lançou seu novo single, Beautiful Monster. Além de ser co-autor dos sucessos Take a Bow, Unfaithful e Russian Roulette, todos gravados por Rihanna, Ne-Yo também coleciona participações em hits de artistas como a própria Rihanna (Hate That I Love You), Keri Hilson & Kanye West (Knock You Down), Mariah Carey (Angels Cry) e Beyoncé (Waiting), para quem escreveu também a música Irreplaceable.

Estilo que atrai

Estudante de estatística, Isabela Codeço, de 24 anos, confessa que vai ao show não apenas para ver o músico e sim por curtir o estilo musical. “Curto muito essa levada pop e hip-hop, e gosto das músicas do Ne-Yo, pois são hits que ganham muito destaque da mídia. Além disso, são bem empolgantes. Vou ao show com um grupo de amigos que também adoram o som dele”, contou Isabela. Mas o motivo da empolgação da estudante está além do show. Segundo ela, essa será uma boa oportunidade para comemorar o aniversário de um ano de namoro. “O Guilherme, meu namorado, é ex-dançarino de hip-hop, já chegou a competir e tudo. Eu aproveitei a vinda do Ne-Yo para comemorar essa data especial no ritmo que ele mais curte”, revelou.

Fã do cantor, o estudante de Comunicação Social Lucas Viana, de 18, está aguardando ansioso o show do astro norteamericano. “Assim que soube da vinda dele pro Brasil corri para a internet para comprar meu ingresso. Acho as composições dele ótimas, inclusive as interpretadas por outros artistas como Beyoncé e Rihanna. Tenho certeza que este show será maravilhoso”, antecipa o fã.

Outro que não vai perder o show é o publicitário Celso Onofre, de 26.
“Eu não sei ao certo de onde veio o meu gosto por este estilo, mas foi algo que foi construído com o tempo. Eu e meus amigos costumamos dizer que o Ne-Yo é o rei do xaveco. Ele tem o estilo e uma levada bem legal”, ressaltou o publicitário, que acredita que a indústria fonográfica conseguiu encontrar nesses novos artistas a medida certa entre música, estilo e letra, tornado-os muito mais vendáveis.

Sucesso mais que reconhecido

Ne-Yo lançou seu primeiro disco em 2006, chamado In My Own Words. O álbum emplacou sucesso com praticamente todas as quinze faixas. No Brasil, os singles foram So Sick e Sexy Love. Com este trabalho, Ne-Yo vendeu cerca de 300 mil cópias.

Em 2007, o cantor lançou o segundo disco, Because of You. Imitando o sucesso do primeiro, estreou também em primeiro lugar na Billboard 200, tornando-se o segundo álbum número um do cantor. Com as músicas de trabalho Because of You e Crazy. Como prova desta repercussão, o disco vendeu em torno de 250 mil cópias somente na primeira semana, e mais de um milhão e meio no mundo todo até hoje.

Em 2008, teve aparições nos programas Las Vegas e All My Children. No segundo semestre do mesmo ano, lançou o seu terceiro disco chamado Year of the Gentleman.

Para muitos que ouvem suas músicas há uma influência clara do falecido cantor Michael Jackson. Sobre isto Ne-Yo comentou que estaria participando do novo álbum de Michael Jackson, assim como também nos de Whitney Houston e Britney Spears. Em 2010, participou do remix para o single Angels Cry com Mariah Carey, tendo grande êxito mundial.

Serviço: O Riocentro fica na Av. Salvador Allende, 6.555, Pavilhão 3, Barra da Tijuca. Para o show do Rio de Janeiro, os ingressos antecipados para a pista custam R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia); para a pista premium, R$ 240 (inteira) e R$ 120 (meia), e para o camarote, R$ 560 (inteira) e R$ 280 (meia).

Os ingressos podem ser comprados via www.ingressorapido.com.br, pelo call center 4003-1212, opção 5, ou na bilheteria do Riocentro, no dia do evento, se ainda houver ingresso. Mais informações no site www.neyobrasil.com.br. A classificação etária é 16 anos.

Abrindo o show carioca estarão os DJ Daddy Kall, Eletrobase DJs (Lulinha X Dadu), DJ Shark, DJ Orelhinha, ASK 2 QUIT (DJ Leo Janeiro, DJ Marcelinho CIC e VJ Vagalume) e Spock DJ / DJ Leandro Mendes.

Os portões serão abertos às 21 horas e a apresentação de Ne-Yo está marcada para a meia-noite.

sábado, 26 de junho de 2010

CULTURA

NASCIDOS PARA BRILHAR
Ricardo Rigel

Eles precisam ser completos. Distantes das badalações e burburinhos da grande mídia e mais próximos da realidade de jovens estudantes, esses personagens foram de encontro ao sonho de muitas pessoas que almejam virar estrelas de novelas e optaram por um caminho difícil, mas recompensador. Mas quem são essas pessoas? Que tipo de arte elas fazem? Para revelar quem são as novas “feras” dos musicais teatrais o R2 desvendou nas coxias da cena carioca alguns nomes que prometem boas surpresas em espetáculos do gênero. Entre eles estão a baiana Renata Celidonio, o jovem niteroiense Elton Towersey, a atriz gonçalense Thati Lopes e o ator e cantor Pedro Henrique Lopes.

Ele canta, dança e produz
Estudante de Artes Cênicas da UNIRIO, Pedro Henrique Lopes, de apenas 24 anos, é um obstinado. Autor do espetáculo musical O meu sangue ferve por você, do qual também participa, o jovem também canta e atua. Mas quem pensa que ele é marinheiro de primeira viagem se engana.

“Eu era um pirralho, tinha 12 anos e gostava muito de escrever, então criei uma história em quadrinhos chamada Ser ou não ser? Dois anos depois, chamei meu irmão e mais três amigas e transformamos o quadrinho no musical infantil de mesmo nome. Nessa brincadeira, acabamos nos inscrevendo em um festival de teatro de Niterói e São Gonçalo. Ganhamos o terceiro lugar. O legal é que hoje, 10 anos depois, voltei a fazer coisas de minha autoria, cuidando da produção e de tudo mais. A diferença é que agora eu já tenho mais ideia sobre produção e um senso artístico mais apurado”, relembra o ator.

Pedro conta que depois desta experiência começou a fazer aulas focadas para musical.

“Fazia uma oficina com o Berry, coreógrafo da TV Globo na época, que me deu base para aprender na prática”, lembra.

Foi em 2005, entretanto, que o ator ganhou o mundo, quando trabalhou como performer nos Parques da Walt Disney, em Orlando. No ano seguinte, participou da montagem comemorativa de 50 anos do musical Guys and Dolls, de Frank Loesser, também em Orlando. Atuou, ainda, no ano passado, no espetáculo musical da Broadway Esta é a nossa canção, de Neil Simon, Marvin Hamlish e Carole Bayer Sager.

“No teatro musical, sou fã do Steve Balsamo, que viveu Jesus na versão inglesa do musical Jesus Cristo Superstar. É quase uma meta de vida”, revela o ator que está em cartaz no Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea, terças e quartas, às 20 horas.

Multitalentoso

Ele é ator, cantor, dançarino, toca violino, pandeiro e piano. Mas o que mais surpreende não é a quantidade de habilidades deste ator e sim sua idade. Com apenas 15 anos, Elton Towersey pode se considerar um ator experiente, em cartaz com o espetáculo Gypsy, no Teatro Villa Lobos, em Copacabana.

“Sempre gostei de musicais. Desde muito novo, assistia incansavelmente aos filmes da Disney, na época em VHS, até poder conhecê-los ao vivo e em cores. Atualmente, tenho uma grande coleção de gravações de musicais”, revela.

Há seis anos, o ator participou do Coral Agnes Moço, tendo atuado várias vezes como solista (sopranino). Estudou canto com a professora Maria Eunice Moço, e, atualmente, estuda canto com a professora Gisela Peçanha.

“Aos oito anos fiz a minha estreia como ator interpretando o personagem Frei Lourenço, da peça Romeu e Julieta, de Shakespeare. Não parei mais, e hoje, aos 15 anos, já conto mais de cem apresentações em diversos teatros”, contabiliza.

Uma das figuras mais marcantes em sua vida é o ator e dançarino Fred Astaire.

“Na verdade, foram tantos outros que não há como enumerá-los: bailarinos, sapateadores, cantores líricos, atores. A minha porta para este mundo sempre foi o vídeo, e atualmente, a internet. Tenho ido ao teatro sempre que possível, mas o meu trabalho deixa pouco tempo livre. É uma correria deliciosa ”, revela.

Paixão veio cedo

Outra que desde cedo já sabia bem o que queria é a atriz e cantora Thati Lopes, de 23 anos, atualmente no elenco do musical Por uma Noite, um sonho nos bastidores da Broadway, que está em cartaz no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea. A atriz ingressou no teatro com apenas 10 anos de idade e, logo depois, começou a cantar no coral da igreja e da escola. Aos 13 anos, ganhou um prêmio de melhor atriz em um festival de esquetes, em Niterói, e não parou mais.

“Tive que dar uma diminuída algumas vezes por conta dos estudos e para trabalhar. Hoje, vivendo de teatro, lembro como é dificil, quantas vezes já paguei para trabalhar. Mas não desisti e, sempre que dava, procurava cursos e testes pra fazer”, conta.

Mesmo estudando a história do teatro e lendo clássicos de grandes autores, a atriz não esconde que suas influências artísticas estão em sua maioria na TV.

“Minhas influências estão todas ligadas à TV brasileira. Desde que escolhi esta profissão, a TV foi minha escola, uma espécie de telecurso 24 horas (risos)”, brinca Thati, que preza pela autenticidade.

Sobre a possibilidade de ter sua carreira limitada aos musicais ela é direta.

“Não tenho medo, ator de musical é o artista mais completo. Há um leque de opções caso queira fazer outra coisa, e se estiver ganhando bem, com um bom e bonito espetáculo, estou feliz pra sempre”, defende a atriz, que além de se apresentar no teatro faz testes para a TV e já atuou nos capítulos finais da novela Promessas de Amor, da Rede Record. “Amo novelas, seria ótimo participar de uma trama inteira”.

Questionada sobre a possibilidade de participar de um musical da Broadway, a atriz é realista e defende as produções nacionais.

“Sei que, para muitos, atuar em um musical da Broadway é um grande sonho, mas digo isto com toda sinceridade. Os musicais brasileiros são tão bons quanto os da Broadway. Está ótimo pra mim. Estou superfeliz no Por uma Noite”, opina a atriz que coincidentemente atua em um musical que fala sobre os bastidores da Broadway.

No olho do furacão

Experiência e vocação é uma das qualidades primordiais para um artista de musical. Quem comprova essa ideia é a baiana Renata Celidonio, de 32 anos, que cursou Artes Cênicas – Interpretação Teatral, na Universidade Federal da Bahia. Em seu primeiro musical, A Casa de Eros, a atriz contracenou com atores iniciantes que atualmente despontam como grandes nomes da TV, entre eles Wagner Moura e Vladimir Brichta.

“Atuar e cantar sempre foram uma grande paixão. Desde criança e ainda adolescente, no colégio, eu fazia teatro, cantava em corais e sempre dava um jeito de apresentar os trabalhos escolares criando mini-espetáculos em que eu pudesse fazer as duas coisas. Era pura intuição, pois naquela época eu ainda não tinha a menor noção do que eram os grandes musicais. Hoje, já ciente de tudo, percebo o quanto sou apaixonada pela possibilidade de fazer isso”, conta a atriz, que no come ço da carreira chegou a fazer quatro peças diferentes em um único dia.

O espetáculo que mudou sua vida foi Playback!

“Por ele fui indicada ao Prêmio Copene de Teatro (Melhor Atriz) e vim para o Rio de Janeiro, onde - logo em seguida - fui convidada a fazer parte do elenco do Mamãe não pode saber, dirigido pelo João Falcão”, recorda.

Um dos espetáculos interpretados por Renata foi a Ópera do Malandro, de Chico Buarque, com direção de Charles Möeller e Cláudio Botelho.

“Eu interpretava a “Dorinha Tubão”, uma “prostituta-administradora” de bordéis. Precisei de muitas aulas de canto para aprender o tal do “canto belting” (técnica usada em musicais da Broadway)”, pontua.

Perguntar para a atriz se é um sonho atuar em um espetáculo da Broadway é como perguntar para o macaco se ele quer banana.

“Quando fui à Nova York, saí do aeroporto e fui direto à Times Square. Eu estava no centro de tudo o que sempre quis viver”, recorda Renata, supervisora cênica de O meu sangue ferve por você.