sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cantor norte-americano Lionel Richie se apresenta no Brasil pela 1ª vez

Dono de uma carreira que já soma 42 anos e mais de 100 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o artista norte-americano vai embalar o público na HSBC Arena

Dono de uma carreira que já soma 42 anos e mais de 100 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o cantor norte-americano Lionel Richie, enfim, se apresenta no Brasil. A banda, formada por Ben Mauro (guitarra), Bennie Edwards (baixo), Chuckii Booker (teclados), André Delano (teclados e sax) e Oscar Seaton (bateria), vai embalar o público com hits como Truly, All Night Long, Hello, Endless Love e Easy. Os shows acontecem no dia 28 de agosto, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e no sábado, 29, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro. A produtora Four Music Live, especializada em shows internacionais, é a responsável pela turnê.

Com imensa habilidade para escrever músicas, Lionel Richie se transformou em um dos mais completos artistas das últimas décadas, destacando-se como compositor, produtor e cantor. Uma história de sucesso, que começou em 1968, quando cinco colegas de turma da Universidade Tuskegee, no Alabama, terra natal de Richie, o convidaram para integrar a banda que estavam formando, The Mystics. Mais tarde, a banda passou a se chamar The Commodores, com Richie assinando algumas das canções mais conhecidas do grupo – Still, Sail On, Easy e Three Times a Lady, vencedora do People’s Choice Award.

No início dos anos 80, quando a banda dominava ininterruptamente as paradas de sucesso, Richie começou a receber convites para produzir álbuns de outros artistas, entre eles, o do cantor country Kenny Rogers, a quem Richie retribuiu com a música Lady. A canção emplacou o ranking das mais tocadas durante seis semanas seguidas. Logo em seguida foi a vez dele receber um convite do diretor cinematográfico Franco Zeffirelli para compor a música-tema do filme Amor Sem Fim. Gravada em dueto com Diana Ross, Endless Love manteve-se no primeiro lugar das paradas de sucesso durante nove semanas, recebendo uma indicação ao Oscar, cinco indicações ao Grammy, um American Music Award e um People’s Choice Award, transformando-se no hit da gravadora Motown mais tocado de todos os tempos até aquela data.

Em 1982, o cantor estreou carreira solo com a música Truly, mais uma que emplacou semanas como número um nas rádios. Um ano depois, em movimento ascendente de sua trajetória, lançou o álbum Can’t Slow Down. Com 15 milhões de cópias comercializadas em todo o mundo, tornou-se o disco mais vendido da história da Motown. All Night Long, a primeira faixa do disco, ganhou uma versão-maratona, com 20 minutos, para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão em Los Angeles, em 1984. Com uma audiência estimada em 2 bilhões e 600 milhões de espectadores em todo o mundo, a canção entrou para o hall dos hits da década.

Em 1985, em parceria com Michael Jackson, Richie escreveu o tema mundial We Are The World. A gravação, que contou com a participação de 45 artistas, ganhou cinco Grammys e ajudou a arrecadar milhões de dólares para combater a fome na África. Em 1986, o cantor recebeu o Oscar de melhor canção pela música Say You, Say Me, composta para o filme O sol da meia-noite (White Nights), estrelado por Gregory Hines e Mikhail Baryshnikov.

Nessa mesma noite concorria com outro tema musical – Miss Celie’s Blues, da trilha sonora de A Cor Púrpura (The Color Purple), de Steven Spielberg.
Além desse prêmio, Richie acumula em sua carreira cinco Grammys, 18 American Music Awards, um Globo de Ouro e cinco People’s Choice Awards, além de ter seu nome assinado na famosa calçada da Fama em Los Angeles em 2003. Durante nove anos seguidos, de 1978 a 1986, nove composições do cantor ocuparam o topo das paradas, totalizando 34 semanas em primeiro lugar e superando artistas como Rolling Stones, Paul McCartney e Stevie Wonder.

Em janeiro deste ano, mantendo a mesma preocupação social de tempos passados, Lionel Richie uniu-se mais uma vez a Quincy Jones para regravar o hit We Are the World, dessa vez para arrecadar fundos para as vítimas do terremoto do Haiti. A gravação contou com as participações de Usher, Natalie Cole, Justin Bieber, Will I.Am., Jamie Fox, Wyclef Jean, Fergie, Jennifer Hudson, Lil Wayne, LL Cool J, Janet Jackson, Barbra Streisand, Miley Cyrus, Pink, Akon, Kanye West e, em uma edição muito bem feita, de Michael Jackson.

Fãs não perdem tempo

É através da internet que os fãs do cantor se comunicam, como é o caso do jornalista Paulo Silas, de 24 anos, que é representante do fã clube oficial de Richie, no Brasil. Para o fã Richie está ao lado de muitas estrelas negras de alto nível do Pop/Rock, como Michael Jackson e Tina Turner. “Tais artistas provaram que o talento fala muito mais alto que a cor da pele. Junte esse trio - Michael, Tina e Lionel - e você verá números altos em todas as listas: músicas tocadas em rádio, venda de discos, ingressos para shows. São décadas de carreira e sempre com público fiel”, defende Silas, que chegou a conversar com Chuckii Booker, diretor-musical de Lionel.

“Ele se interessou em saber quais eram as músicas mais famosas do cantor no Brasil. Foi difícil listar, mas agora tenho certeza que as melhores e mais famosas canções de Lionel Richie estarão no show”, orgulha-se o fã, que ajudou na escolha do repertório.

Outra que também é fã de “carteirinha” é a carioca Karla Rosalino, que há 30 anos espera pelo show do cantor no Brasil. “Acho que ele representa a sobrevivência do talento e da capacidade de um ídolo em se manter vivo com tantas novidades surgindo no meio musical. Um ícone com uma carreira limpa, bem sucedida e merecida. Ninguém faz sucesso por tanto tempo sem merecer”, defende Karla. Quando questionada sobre a expectativa para o show, Karla é direta.

“Mal posso esperar para vê-lo no palco. Ainda mais depois de algumas entrevistas que li a respeito, em que ele afirma que o show será longo e que terão que tirá-lo do palco. Muito gentil da parte dele. Vai ser inesquecível e imperdível”, vibrou a fã, que coleciona todas os CDs e DVDs do cantor.

Serviço: A HSBC Arena fica na Avenida Embaixador Abelardo Bueno 3.401, Barra da Tijuca. A abertura dos portões será às 18h30 e o show começa às 20h30. Os ingressos para cadeira nível 3 custam R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia); para cadeira premier, R$ 400 (inteira) e R$ 200 (meia); para cadeira nível 1, R$ 450 (inteira) e R$ 225 (meia); para mesas gold, R$ 650 (inteira) e R$ 325 (meia); para mesas platinum R$ 750 (inteira) e R$ 375 (meia) e camarote R$ 650 (inteira) e R$ 325 (meia). Informações: 4003-1212.

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